Muito embora as inovações dos Annales não tenham culminado na década de 1930, os mesmos propiciaram que estudos historiográficos se renovassem conforme as circunstâncias do contexto histórico. Dessa maneira, com o advento da História Cultural (1970), ou ainda com a História Política Renovada (1980), o arcabouço documental dos historiadores se ampliou ao ponto de imagens, utensílios domésticos, objetos cotidianos, fotografias, estelas funerárias, panfletos populares.
1- Documentação Textual Escrita: ainda que a documentação textual escrita tenha sido criticada, principalmente aquelas relacionadas com os segmentos sociais heterogêneos, a renovação nos estudos historiográficos. Enquanto pesquisados devemos ter algumas ressalvas para com os pontos. Não podemos analisar uma documentação escrita do passado com os "olhos do presente".
2- Documentação Imagética: A análise imagética de uma única obra, por vezes, não gera resultados significativos, ainda que seja para endossar/ opor as informações da documentação textual escrita. O pesquisador deve se valer de um corpus imagético mínimo que retrate cenas semelhantes, para que daí consiga materialidade em suas considerações. Outro fator essencial é a identificação do contexto social em que o mesmo foi produzido, pois assim algumas das informações presentes podem ser justificadas através da relação entre a imagem e o período histórico. Este tipo de documento deve ser catalogado, considerando: lugar, datação, artefato, técnica,artista, conteúdo e referência.
3- Documentação Arqueológica: A documentação arqueológica não deve ser pensada, como um elemento desvinculado para a área de História. O campo nos possibilita conhecer as práticas cotidianas dos indivíduos, elementos que fogem da encomenda imagética ou das produções literárias. Mediante o estudo arqueológico temos acesso as informações culturais das cidades, as modificações religiosas, as práticas sexuais e as relações de gêneros, devido a diversidade documental que podemos verificar no campo arqueológico. Para se estudar esse tipo o corpus deve conter: Local e Período de Produção, Tipo de artefato ou sitio arqueológico, As dimensões do objeto, lugar que foi encontrado, a relevância social de tal elemento, a recorrência do objeto de estudo na sociedade e as referências sobre o tema.
4- Documentação Epigráfica: A epígrafe é o saber que se dedica ao estudo das inscrições materiais duros (inscrições fúnebres, honoríficas, defixiores, domésticas, caráter descontínuo e votivas).